De acordo com o Boletim Infogripe da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), divulgado em 6 de fevereiro de 2025, cinco estados da Região Norte do Brasil — Amapá, Amazonas, Pará, Rondônia e Tocantins — continuam apresentando aumento nos casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) relacionados à COVID-19. Em contraste, estados do Nordeste, como Paraíba e Maranhão, que anteriormente mostravam tendência de alta, agora indicam sinais de desaceleração.
Entre 1º de janeiro e 1º de fevereiro de 2025, foram registrados pelo menos 1.222 casos de SRAG causados pelo coronavírus. Desses, mais de 51% tiveram confirmação laboratorial para COVID-19. O rinovírus foi responsável por 19,6% dos casos positivos, sendo a principal causa de SRAG em crianças e adolescentes de até 14 anos, enquanto a COVID-19 prevaleceu entre os idosos.
No mesmo período, ocorreram 710 óbitos por SRAG no país, dos quais pelo menos 292 foram atribuídos à COVID-19, representando quase 80% das mortes com confirmação viral. A incidência de casos associados ao coronavírus é maior entre crianças e idosos, porém a mortalidade é mais elevada em pacientes com mais de 65 anos.
Embora a tendência nacional seja de queda nos casos de SRAG, nove estados apresentam aumento no longo prazo: Alagoas, Amazonas, Amapá, Goiás, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Pará, Rondônia e Tocantins. Além disso, foi observado crescimento de casos entre crianças e adolescentes no Amazonas, Pará e Goiás, embora a causa específica ainda não tenha sido determinada devido ao número limitado de resultados laboratoriais.
A Fiocruz recomenda que pessoas com sintomas gripais permaneçam em casa e utilizem máscaras de qualidade caso precisem sair, visando conter a disseminação de possíveis vírus. É fundamental procurar atendimento médico se os sintomas se agravarem e assegurar que a vacinação contra a COVID-19 esteja atualizada.
